Vai para a Argentina? Confira essas 8 dicas de quem vive lá (eu =D)
Todo mundo já sonhou em viajar para a Argentina. As cidades são bem organizadas, a natureza é belíssima e TEM NEVE! kkk.
Fora que é bem pertinho do nosso Brasil, a nossa vizinha é repleta de atrações culturais, gastronômicas e históricas, tem um câmbio favorável comparado ao nosso e é uma excelente primeira viagem para o exterior (ou segunda, ou terceira…) por sua proximidade cultural, receptividade e facilidade em viajar sem visto ou mesmo passaporte.
Nesse post, separei as principais dicas para quem está se planejando para viajar para a Argentina. Espero que gostem!
8 dicas matadoras para viajar para a Argentina
1. Carlos… Como vou chegar na Argentina?
A Argentina é provavelmente o destino internacional mais fácil de ser alcançado pelos brasileiros. Várias empresas aéreas fazem o percurso Brasil – Buenos Aires, partindo de aeroportos em todo o país. Além disso, também há voos diretos de Manaus (minha cidade) para Buenos Aires pela GOL.
As empresas aéreas que fazem os principais trechos são: Latam, Gol, Aerolíneas Argentinas e Turkish Airlines. A Qatar tinha uma rota pra lá saindo de São Paulo, que era uma extensão do vôo para Doha, mas por causa da pandemia a empresa deixou de operar esse trecho. Também é possível encontrar voos da Emirates, British e Lufthansa, mas em geral são bem mais raros e caros.
Eu recomendo pessoalmente uma companhia bem bacana da Argentina que é bem barata de se viajar, a FlyBondi. Por ela tem poucas cidades que vão até o Brasil, mas é uma ótima maneira de viajar (aéreo) pagando barato.
Quem quiser também pode ir por terra, de ônibus ou carro: A Pluma e a Crucero del Norte fazem o trajeto saindo de São Paulo. São umas 30 horas de viagem e custa entre 200 a 300 reais.
2. Visto e imigração para viajar para a Argentina
O que muita gente não sabe… É que Brasileiros que viajam para a Argentina a turismo não precisam de visto para entrar no país.
Para quem fica até 90 dias, basta um passaporte válido ou a carteira de identidade em bom estado de conservação e com foto recente para entrar na Argentina. Se você optar pelo RG, ao entrar no país vai receber um papel que você tem que devolver na saída, ele equivale ao carimbo do passaporte.
IMPORTANTE: Lembre-se de cobrar do oficial caso ele se esqueça de te entregar o papel (já vi acontecer). E guarde-o em um local bem seguro. Se você o perder, terá que pagar uma multa na saída, como se tivesse ultrapassado o prazo de permanência.
Visto de estudos e trabalho na Argentina
Caso você pretenda permanecer na Argentina por mais de 90 dias, seja qual for o motivo, também pode viajar sem visto e dar entrada nos trâmites de residência ao chegar no país. Por causa do acordo entre os países do Mercosul, temos direito de solicitar essa residência legal, por isso o trâmite é facilitado.
Assim, somos aptos a tirar o documento de identidade argentino e, assim, ter o direito de trabalhar e estudar de forma legal no país. E então você recebe um cartão bonitinho como o meu abaixo.
Para dar entrada com o seu processo de residência e conseguir seu DNI, é preciso procurar a Dirección Nacional de Migraciones, em Buenos Aires, e marcar seu turno. Não se preocupe, você pode entrar no país como turista e começar o processo de lá. Foi como eu e minha esposa fizemos. Mas quem preferir, também pode dar entrada no pedido do Brasil, em algum consulado argentino.
3. Como contratar um seguro de viagem para a Argentina
Contratar um seguro de viagem é essencial, ainda que seja para países tão próximos quanto a Argentina e o Uruguai. Por mais que seja perto de casa, o melhor é viajar protegido para não sofrer com os imprevistos.
A boa notícia é que é possível contratar um bom seguro de viagem gastando cerca de 10 reais por dia. Para isso, recomendamos utilizar um buscador como o do Seguros Promo, que compara as principais seguradoras e garante que você encontre o melhor custo-benefício, de acordo com suas necessidade.
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4. Telefonia e internet na Argentina
O código de telefone na Argentina é o +54. Internet e telefone podem ser encontrados por todos os lados, nos chamados locutórios. Com cara de lojinha de conveniência, esses locais têm cabines que fazem chamadas internacionais baratinhas. Alguns locutórios também funcionam como LAN house.
Além disso, se você estiver em Buenos Aires, é facílimo achar restaurantes, bares e cafés com wi-fi liberado.
Para comprar um chip de internet local, é preciso se dirigir às lojas das operadoras de telefonia: Claro, Movistar ou Personal. Antes, era possível comprá-lo nos quioscos, aqui na argentina chamam de Kiosco as pequenas mercearias que estão por todos os lados, mas desde 2017 o governo passou a exigir registro para linhas pré-pagas. Por isso, você terá que fazer a compra direto na operado e apresentar seu documento de viagem para ativar a linha.
Prefira as lojas do centro, pois no aeroporto você não conseguirá fazer o registro. Há uma loja da Claro e uma da Movistar da Florida com Lavalle, e uma da Personal na esquina com a Corrientes. Eu pessoalmente opto pela Claro quando estou no país, por indicação de amigos argentinos.
4. Qual moeda levar para a sua viagem pela Argentina
Não compre pesos antes de chegar ao país. Você pode levar dólares ou reais, fica a seu critério. Na hora que a gente coloca na ponta do lápis, a conversão entre dólar e peso no câmbio paralelo é ligeiramente mais vantajosa que a real e peso, mas como você vai ter que fazer a conversão entre real e dólar antes – e a gente sempre perde um pouco de dinheiro nesse processo – , acabe que a diferença não é tão gritante assim.
Por isso, acredito que a melhor moeda para levar parar a Argentina é o real, pela praticidade.
Mas isso só se aplica se a sua viagem for exclusivamente para Buenos Aires, Rosario ou Bariloche, locais onde há muitos turistas brasileiros.
Caso você vá para outras partes do país e precise trocar dinheiro nesses lugares, o melhor a fazer é viajar com dólares.
Boa parte dos estabelecimentos turísticos, como hotéis e restaurantes, aceitam pagamento em dólar e até em reais, mas a cotação praticada por eles será desvantajosa, então só opte por isso em último caso ou se sua passagem pelo país for bem rapidinha.
Não são todos os lugares que aceitam cartão de crédito em Buenos Aires. Pode acontecer de restaurantes ou lojas recusarem cartões, então recomendo fortemente que você se planeje para pagar suas contas em dinheiro vivo.
5. Como funciona o Câmbio Paralelo na Argentina
A economia argentina é uma montanha russa de emoções e assim também é a inflação do país e a cotação do peso. No momento em que eu digito esse texto, em outubro de 2020, a taxa de conversão está em torno um real valendo cerca de 24 pesos argentinos. Um dólar vale 76 pesos mais ou menos.
Essa é a cotação oficial, a que você vai encontrar se for trocar dinheiro aqui no Brasil ou em algum banco argentino. Mas como há vários anos o governo argentino controla o câmbio e a compra de dólares no país, acabou criando-se um mercado paralelo da moeda, que é vendida a um valor muito mais vantajoso do que o praticado nos pontos oficiais.
E isso não acontece só com o dólar. Devido ao grande fluxo de brasileiros no país, o real também é negociado nessas casas paralelas de Buenos Aires, Rosario e Córdoba por um preço muito mais vantajoso pra gente. Uma viagem para a Argentina paga em dinheiro trocado no câmbio paralelo pode ficar cerca de 30% mais barata do que se fosse paga com o câmbio oficial. Por esse motivo, o melhor a fazer é deixar para trocar o dinheiro somente quando chegar ao país.
Se você se sentir inseguro, pode trocar apenas o suficiente para os primeiros dias antes de viajar ou ao chegar no aeroporto.
Já na cidade de Buenos Aires, dirija-se à Calle (Rua) Florida. Você não precisar se enfiar em nenhum beco, o câmbio paralelo é feito tão às claras que os cambistas passam o dia inteiro gritando em buscas de clientes, isso na frente de policiais e mesmo a poucos metros da Casa Rosada, sede do poder executivo do país.
Dê preferência para os locais que funcionam com loja física, em vez de trocar no meio da rua. O motivo é simples: você sabe que aquela loja vai estar ali amanhã. Troque um pouco de dinheiro e, não tendo problemas, troque mais no dia seguinte.
Também exija que a caneta que identifica notas falsas seja passada de ambos os lados de cada bilhete. Se possível, peça indicação no seu hotel ou de outros viajantes sobre onde trocar.
Se você não quiser comprar pesos nas casas de câmbio paralela, ainda assim é melhor levar os dólares ou reais para a Argentina e fazer o câmbio por lá. Para isso, as agências do Banco de La Nación, mesmo as dos aeroportos, costuma ter uma boa cotação de ambas as moedas.
6. Quanto custa viajar para a Argentina
Um viajante básico, que não esbanja nem passa apertado, deve gastar, em média, cera de R$150 por dia e por pessoa na Argentina, incluindo hospedagem em um hotel ou pousada simples e excluindo as passagens aéreas.
7. Golpes e segurança na Argentina
Muita gente já ouviu falar sobre os famosos golpes dos taxistas e das notas falsas. Trata-se de um golpe muito comum: o taxista devolve o troco em notas falsas, ou te conta sobre o golpe e pede para ver seu dinheiro e, sem que você perceba, troca seu dinheiro por notas falsas.
Ao pegar taxis, confira se eles têm uma identificação de certificado pelo governo. Ainda assim, tenha sempre dinheiro trocado para evitar confusões com o troco que podem te levar a ser enganado. E principalmente, não mostre seu dinheiro para ninguém e tome muito cuidado com casas de câmbio e até mesmo caixas eletrônicos. Qualquer problema, chame a polícia e faça escândalo.
Esse site enumerou 5 golpes comuns em Buenos Aires. Leia antes de sair de casa.
Dito isso, o país é seguro. Buenos Aires é provavelmente a capital mais segura da América do Sul. Nas regiões onde você vai circular, é raríssima a ocorrência de crimes violentos, como assaltos à mão armada. No entanto, os furtos correm soltos. É bom tomar cuidado com batedores de carteira. Em aglomerações, como o metrô, eles conseguem tirar celulares de bolsas sem que ninguém perceba.
8. Como viajar dentro da Argentina
As estradas na Argentina são bonitas e seguras o que torna uma road trip ou longos trajetos de ônibus opções bastante viáveis de deslocamento, em especial se você pretende se aventurar pelo noroeste andino ou pela Patagônia.
A situação das estradas principais é, em geral, muito boa. Já as secundárias podem ser mais precárias, dependendo da região do país.
A estrada mais famosa é a Ruta 40, uma rodovia secundária que corre paralela aos Andes, de norte a sul da Argentina. Desfrutar dessa vista da janelinha é um privilégio. Se optar por alugar um carro para o trajeto, nós indicamos o RentCars, que busca entre as principais locadores e te ajuda a encontrar os melhores preços e condições de aluguel.
Tenha em vista, no entanto, que as distâncias são enormes!
Para ir de Buenos Aires a Córdoba, por exemplo, são cerca de 9 horas de estrada. De Rosário a Buenos Aires leva cerca de 4 horas. Por esse motivo, fazer os trechos mais compridos de avião ajuda a poupar tempo. Há diversas companhias que operam voos domésticos no país, incluíndo a Latam, a Aerolíneas Argentina, FlyBondi e low cost JetCost.
Por mais low cost que seja, no entanto, voar não é um deslocamento mega econômico no país. Por isso, é bom ficar de olho nos preços com alguma antecedência.
Há, ainda, linhas de trens com trajeto turístico no país. A mais famosa é o Tren de la Costa, que liga Buenos Aires e Tigre em um passeio cênico. Essa também é uma boa opção para quem pretende visitar Mar del Plata e uma forma alternativa de chegar em Córdoba.
Comprando a passagem online no site da companhia nacional de trens, você ganha um desconto de 10%.
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Um abraço!